sexta-feira, 14 de maio de 2010

COMO SABER SE A FRANQUIA QUE EU ESTOU CONSIDERANDO É UM BOM NEGÓCIO PARA MIM?

São inúmeras e inimagináveis as razões pelas quais as pessoas se decidem por uma franquia. Eis alguns relatos delas:

·        Não muito tempo depois que eu perdi meu emprego, um amigo me contou sobre essa franquia. Resolvi comprar uma, também.
·        Eu decidi que era hora de eu trabalhar para mim, não mais para os outros.
·        Um corretor de franquias me mostrou várias e eu gostei desta.
·        É o negócio mais quente do momento.
·        Meu pai me disse que era uma boa maneira de começar e me deu o dinheiro.
·        Eu tinha um dinheirinho guardado e decidi que agora era o momento.
·        Fui a uma feira de franquias. Havia muitos tipos de empresas exibindo seus negócios. Eu comecei a conversar com um franqueado, gostei do que ele falou e comprei uma.
·        Imagine outras...

Bem, essas são todas razões erradas para se escolher uma franquia. Na verdade, esses são gatilhos, são motivações iniciais, nunca a principal razão para se decidir por um negócio. Basear-se apenas nelas, significa colher, quase sempre, graves decepções.

Se você quiser evitar tornar-se uma estatística triste na história do franchising, há 3 coisas a considerar antes de qualquer decisão de negócios, seja de franquia ou não:

1. Você conhece o perfil de um franqueado de sucesso?

Você conhece os valores, habilidades e comportamentos de franqueados de sucesso? Ele não tem, necessariamente, as mesmas características de um bom empregado, por exemplo, ou um bom vice-presidente ou CEO. Mesmo que você tenha sido o empregado do ano, o executivo do ano, o professor do ano, não significa que você será, definitivamente, um franqueado de sucesso.
Curiosamente, a maioria dos franqueados de sucesso não sabe descrever como chegou lá. Aliás, pergunte a um homem de sucesso como ele o atingiu e prepare-se para ouvir teorizações superficiais, na maioria das vezes completamente desvinculadas das ações efetivas que o fizeram alcançar êxito.
O que fazer, então? A chave é construir você mesmo o perfil do franqueado de sucesso baseado em suas observações, entrevistas e pesquisas. Não é confiável perguntar a eles, não porque eles não queiram responder ou esconder o jogo, é que a maioria deles não sabe.

2.    Você possui o perfil de um franqueado de sucesso?

Você tem os valores, habilidades e os comportamentos de franqueados de sucesso? 
Imagine que você precisa convencer alguém que vai lhe emprestar o dinheiro para fazer o negócio. Como você provaria para ele que tem reais chances de sucesso. Escreva seus argumentos.

Qual o motivo, então, de ter esse cuidado? Grande parte dos franqueadores não se preocupa com seu perfil. Especialmente se a franquia estiver em seu início. Já ouviu falar dos primeiros dez? E dos primeiros cem? Nesse momento a preocupação deles é vender franquias e considerar perfis vai atrapalhar suas vendas.

3.    Será que o seu perfil corresponde ao perfil dos franqueados de sucesso no negócio que você pretende comprar?

Esta pergunta é a mais importante de todas.
Digamos que você tenha respondido sim, eu tenho. Bem, agora é que começa o processo de escolha e decisão.
É hora de responder se:
  • Você tem o capital necessário, incluindo taxa de franquia, instalações, estoque, capital de giro e reservas até atingir o ponto de equilíbrio?
  • Você dispõe de uma boa localização?
  • Você está disposto a dedicar o tempo necessário até seu negócio atingir a maturidade?
  • A franquia que você está avaliando tem uma boa marca, um bom conceito no mercado?
  • Como é o suporte que o franqueador dá ao franqueado?
  • Os gastos com marketing e publicidade são acessíveis e não comprometem seu faturamento e resultados?
  • Você tem afinidade com a atividade proposta.
  • O risco do negócio é baixo, moderado ou alto?
  • Você é capaz de administrar o risco sem se angustiar ou se desesperar?
  • Outras de ordem pessoal...

Ao considerar essas 3 variáveis você estará mais bem preparado para ser um bem sucedido dono de uma franquia, e mais longe de participar das estatísticas negativas do franchising.

Por Paulo R. Fernandes

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